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Cidade da Música da Bahia é finalista do prêmio internacional Music Cities Awards

Publicado: 4 de agosto de 2023-11:19

A Cidade da Música da Bahia, equipamento cultural administrado pela Prefeitura de Salvador, é finalista do prêmio internacional Music Cities Awards, na categoria Melhor Iniciativa de Turismo Musical. A competição global reconhece as aplicações mais destacadas da música para desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural em lugares de todo o mundo. O evento de premiação para os vencedores será entre 18 e 20 de outubro, em Huntsville, nos Estados Unidos.

Além de Salvador, com a Cidade da Música, também concorrem como finalistas da categoria o Festival Pirineos Sur by Sonde 3 Producciones, na Espanha, e Beyond Bourke Street: Melbourne Buskers in the Digital World by StreetMusicMap, na Austrália.

A candidatura de Salvador se desenvolveu através da inscrição feita pelo Escritório de Cooperação Internacional, vinculado ao Gabinete da Vice-Prefeita, em diálogo com a Coordenadoria de Economia da Cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), com o objetivo de incentivar a diplomacia do som e mobilizar vários entes sociais para temas como Turismo, educação, saúde e bem-estar, sustentabilidade e inovação digital, além da cultura.

Segundo a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, o equipamento Cidade da Música é símbolo da criatividade e da história do povo soteropolitano. “Gera empregos para jovens, promove o acesso à cultura e ainda conta com um estúdio profissional gratuito para quem não tem condições de gravar. Essa indicação ao prêmio é o reconhecimento do nosso compromisso em promover a música como uma força para o nosso desenvolvimento social e econômico”, disse.

“Fico muito feliz com essa oportunidade de competir globalmente e fazer nossa cidade ser ainda mais conhecida pelo mundo. Além disso, gostaria de convidar o nosso cidadão, principalmente aquele que ainda não conhece esse equipamento, que venha conhecer a Cidade da Música da Bahia, pois ela é de todos nós”, completou Ana Paula Matos.

Para a diretora de Cultura da Secult, Maylla Pita, a música é propulsora de desenvolvimento econômico, gera oportunidades de negócios e projeta grandes talentos de Salvador para o mundo. “Salvador hoje detém o título de ‘Cidade da Música’, devidamente registrada, catalogada e difundida através deste equipamento, nos orgulha e demarca a força da música na nossa identidade. Através da música contamos nossas histórias, localizamos nossa relação com a ancestralidade africana, cantamos personagens e lugares que fazem deste destino um lugar único”, declarou.

Interatividade – O equipamento tem sido referência no âmbito de pesquisas e preservação do patrimônio imaterial, que é a música. São mais de 700 horas de conteúdo disponível que resumem as manifestações musicais em Salvador, desde o seu surgimento. A responsabilidade do acervo e do design do local estão sob as curadorias do antropólogo Antônio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia.

Os visitantes podem acessar totens, TVs, com telas dispostas ao longo dos espaços, com conteúdo que pode ser acessado através do QR Code escaneado pelo celular da pessoa, o que permite controlar o que é visto, como um controle remoto, que funciona durante toda a visita.

A Cidade da Música da Bahia funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Residentes de Salvador que apresentarem comprovante pagam meia entrada todos os dias. Alimentos e bebidas são proibidos durante a permanência no local. O site oficial é o https://cidadedamusicadabahia.com.br/.

Foto: Betto Jr. / Secom PMS

Visitas à Casa do Carnaval da Bahia crescem quase 70% em comparação com ano passado  

Publicado: 6 de julho de 2023-11:13

Nos primeiros cinco meses do ano, mais de 28 mil pessoas já foram ao museu, maioria é de outros estados  

Condensar e contar a história de música, dança, folia e cultura da maior festa popular de rua do mundo não é uma tarefa fácil, mas a Casa do Carnaval da Bahia, em Salvador, consegue fazê-lo com maestria. De janeiro a maio deste ano, o espaço já recebeu mais de 28 mil turistas, um crescimento de 68% em relação ao mesmo período do ano passado. Mais da metade vem de outros estados do país, mas o número de visitantes baianos também tem crescido.  

Inaugurado em 2018, o primeiro museu do Carnaval no Brasil promove uma experiência única da história da folia, por meio de conteúdos audiovisuais e interativos, abordando desde a origem da festa, nos entrudos lusitanos do século XVIII, passando pelas alterações e proibições elitistas sofridas, até a criação do trio elétrico (brevemente, fobica) em 1950 e o crescimento exponencial da festa, que, hoje em dia, atrai mais de 2,7 milhões de pessoas,  nos 7 circuitos principais, durante os dias de festa.  

Localizada na Praça Ramos de Queiroz, no Pelourinho, a Casa do Carnaval está a poucos metros do Terreiro de Jesus e da Praça Castro Alves, locais icônicos para o Carnaval de Salvador. Administrado pela Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, tem curadoria do artista e designer baiano Gringo Cardia, juntamente com o reitor da Universidade Federal da Bahia, professor doutor Paulo Miguez, especialista em Cultura e Carnaval da Bahia, além de um amplo grupo de artistas e pesquisadores como Jonga Cunha e Bete Capinan.   

Esculturas Pierrot na entrada da Casa do Carnaval da Bahia.
(Foto: Jefferson Peixoto/Secom)

O espaço tem dois pavilhões expositivos, com mais de 3 horas de conteúdo audiovisual relacionados à festa. No térreo, as salas “Origens do Carnaval” e “Criatividade e Ritmos do Carnaval” contam a história e evolução do carnaval narradas por artistas que criaram e foram criados pela festa. Na sala de entrada fica a biblioteca da Casal do Carnaval. O acervo conta com nomes como Zélia Gattai, Juarez Paraíso, Carybé, Nelson Cadena e J. Cunha, que também assina os painéis fixados na parede e do teto da entrada.   

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Pedro Tourinho, aponta a importância de espaços culturais de memória como a Casa do Carnaval, que refletem a representação e identificação de um povo.

“É um espaço que perpassa a história de uma festa não só de Salvador, mas da Bahia, e que mostra personagens e momentos que são intrinsecamente relacionados à folia. No primeiro museu do Carnaval do país, é contado o surgimento dos trios elétricos, os caminhos que os blocos afro trilharam para se fortalecer e ganhar o devido lugar de destaque e poder, passando pelo fortalecimento de ritmos afro-baianos como o samba-reggae, o axé e o pagode na história da festa baiana. O espaço cultural também adentra nos pormenores da gestão da festa, desde a atuação do poder público até os trabalhadores informais, que têm uma atuação crucial na movimentação da economia da festa”, destacou.  

Pedro TOURINHO, SECRETÁRIO DE CULTURA E TURISMO DE SALVADOR

Na sala “Origem”, brilhantes máscaras carnavalescas, bonecos pierrôs e uma escultura topográfica de Salvador contextualizam a história que está sendo contada nas telas. Já na “Criatividade e Ritmos do Carnaval”, os conteúdos abordam especificidades do Carnaval, como o trio elétrico, os blocos afro, a exportação do carnaval para o mundo e os diversos ritmos que compõem o a festa.   

Também há um espaço para Carnaval do interior, como em Jacobina e Maragogipe, e a Micareta, além de um painel exclusivo dedicado aos artistas que têm construído visualmente e artisticamente o carnaval, como Juarez Paraíso, Manoel Araújo, Bel Borba, J. Cunha e Alberto Pitta. Para acessar o conteúdo audiovisual do museu e ter a experiência completa, ao visitante é dado um dispositivo móvel e fones de ouvido, que permitem sincronizar o conteúdo a ser apresentado nas telas.    

Este ano, dias antes do início do Carnaval de Salvador, o museu atingiu um recorde de público, mais de 1.300 pessoas em um único dia. Romilson Vieira Selles, 24, é mediador do museu há quase e dois anos, o mais antigo no local. Para ele, ter batido esse recorde é um representativo da qualidade e dedicação envolvidos na criação e manutenção da Casa do Carnaval. “Na alta estação, geralmente temos de 100 a 300 visitantes por dia aqui. Então, do nada, esse número cresce em mil pessoas, ficamos muito impressionados”, conta. No período do Carnaval, o museu funcionou em esquema especial. A Casa do Carnaval funciona das 10 às 18h, de terça a domingo. A entrada é R$ 20 (inteira) e R$10 (meia), residentes de Salvador também pagam meia.   

Teto da entrada da Casa do Carnaval, Painel de J. Cunha.
(Foto: Ian Reis/Secult)

No museu, a história do Carnaval da Bahia é contada por diversas vozes, de Moraes Moreira a Saulo, passando por Margareth Menezes e Claudia Leitte, estendendo a narração a artistas plásticos natos do carnaval como Alberto Pitta. O cantor Gerônimo é quem inicia o percurso histórico da folia momesca, narrando os primórdios da festa, ainda na época do Brasil Colônia e Império, com os entrudos lusitanos que tomavam as ruas. Márcia Short conta como acontecia o carnaval da elite, e Alberto Pitta fala do nascimento dos afoxés, no século XIX, com referências diretas à ancestralidade e ao candomblé, com os toques de agogôs e atabaques. O artista também traz a reestruturação do carnaval do povo, que tinha sido proibido pelas autoridades a pedido da elite, que não suportava o caráter popular da festa.   

Só este ano, cerca de 10 mil baianos já visitaram a Casa do Carnaval, um aumento de 43% em relação a 2022. Para Romilson, o crescimento é reflexo de uma busca por conhecer a própria cultura. “Cada vez mais, esse espaço tem se tornado mais um espaço para quem é de Salvador, quem é da Bahia. Não que não fosse antes, até porque não houve nenhuma mudança, mas a gente percebe uma maior procura, acho que até pela sensação de pertencimento mesmo, de identificação com a própria cultura”, refletiu.    

No segundo pavimento do museu está o Cinema Interativo, onde os visitantes podem dançar e tocar as músicas que são apresentadas nas telas. Nas salas A e B, o objetivo é que as pessoas conheçam mais sobre artistas, afoxés e blocos de trio. Cantoras como Daniela Mercury, Ivete Sangalo e Baby do Brasil falam do Ilê, Olodum, Harmonia, Psirico e bandas como Eva, Jamil, Cheiro de Amor. Na outra sala, Carlinhos Brown, Antônio e Camila Pitanga e Xandy vão falar de artistas como Luiz Caldas e Igor Kannário e de Asa de Águia e Chiclete com Banana.  

Carnaval de muitas origens  

Os primórdios da festa são contados pelo cantor Gerônimo, que descreve como acontecia os entrudos lusitanos do Brasil Colônia e Império, festa de rua que acontecia na época da Quarema e que foi proibida, pois o alvoroço e agonia da celebração, que incluía guerra de água perfumada em às vezes, malcheirosa, desagradavam a elite. A festa, então, sofre influência do Carnaval francês, apoiado pelas autoridades e pela elite, uma proposta “refinada” para os privilegiados que ocorria em teatros e clubes. Gradativamente, nos anos 20 do século passado, cortejos dos clubes sociais começaram a invadir a Rua Chile. Desfilando fantasiados em bondes que passavam na rua, esses cortejos tinham um objetivo: exibir o luxo dos ocupantes.    

Mas o Carnaval popular não ficou apagado nesse meio tempo. É a voz grave do artista plástico Alberto Pitta, criador do bloco Cortejo Afro e um dos maiores artistas visuais envolvidos no Carnaval de Salvador, que narra o trajeto dos afoxés do séc. XIX e o carnaval popular. No final de 1800, a contragosto das forças policiais, o Carnaval de Salvador, construído pelo povo negro já se destacava. Fortalecidas pelo som de atabaques e agogôs, agremiações carnavalescas populares, negras e indígenas começaram a ser fundadas. Com a rua Chile ocupada pela elite, os afoxés e o povo cortejavam em fila indiana por locais como o Terreiro de Jesus e a Baixa dos Sapateiros. A ligação direta com os terreiros de candomblé e a evidência da ancestralidade levaram os afoxés a serem proibidos por uma portaria, em 1905, só voltando a serem permitidos quase uma década depois.   

Painel com fotografias de Pierrot.
(Foto: Ian Reis/Secult)

Já na virada para a década de 50, eventos importantes colaboraram para o fortalecimento do carnaval de rua de Salvador. Ainda na sala Origem, um protagonismo merecido é dado à Praça Castro Alves. O trecho entre o final da Av. Sete de Setembro e o início da rua Chile, marca, em 1950, o início do que se tornou a maior festa de rua do mundo. Inspirados no fervor que a apresentação do grupo de frevo “Vassourinha” causou nos foliões, Adolfo Antônio do Nascimento (Dodô) e Osmar Álvares Macedo invadem a rua Chile a bordo da Fobica, um Ford 1929 equipado com oito caixas de som, tocando marchinhas no ‘pau elétrico’, instrumento que tinham criado na década de 40 e que se tornaria a guitarra baiana. No ano seguinte, a dupla convida Temístocles Neto e nasce o Trio Elétrico.  

Tendo o carnaval carioca como inspiração, em Salvador, nos anos 50, começa o movimento de escolas de samba. O enredo dessa fase da folia é narrado por Mariene de Castro.  O auge das escolas de samba soteropolitanas é nas décadas de 60 e 70, tendo em seus enredos temas como a Bahia, Caymmi, Jorge Amado e Mãe Menininha do Gantois. Despontam grandes nomes do samba baiano como Batatinha, Nelson Rufino, Roque Ferreira e Edil Pacheco.  Os blocos “de índio” da década de 60, como os Apaches do Tororó e Caciques do Garcia, atraíam a juventude. Inspirados nos filmes de velho-oeste americanos, saíam pintados em cores específicas para identificação e se intitulavam silks, pele vermelha e comanches.   

Em 49, nasce o maior afoxé do mundo, Filhos de Gandhy, inspirado nos ideais de paz do nacionalista indiano. Tendo Oxalá como patrono, o Ghandy já foi reconhecido pelo Guiness Book como o maior afoxé do mundo, e colaborou na reestruturação do carnaval popular que vai passar a ter, cada vez mais, manifestações de candomblé e da cultura afro-baiana. Nos anos seguinte, afoxés como Filhos do Congo e Filhas de Olorum se juntaram aos cortejos do carnaval, tendo o número de afoxés crescido desde então.    

Na segunda sala, “Criatividade e Ritmos do Carnaval”, a riqueza visual da festa, as mudanças que aconteceram no trio elétrico e na folia nestes mais de 80 anos, a micareta e o Carnaval no interior do estado e as expansões da festa a nível internacional são contados por vozes como Ivete Sangalo, Regina Casé e Carla Visi. Além do conteúdo audiovisual, a sala tem um acervo de figurinos icônicos usados por cantores da música baiana como Daniela Mercury, Carla Perez e Luiz Caldas.   

Interior do sombreiro decorado na sala “Origem”
(Foto: Ian Reis/Secult)

A salvação do povo brasileiro  

Um dos painéis é dedicado inteiramente ao trio elétrico, protagonista do Carnaval de Salvador. Quem conta a história e evolução ninguém mais ninguém menos do que Moraes Moreira, primeiro cantor a subir num trio, o de Dodô e Osmar, em 1970. Antes disso, só música instrumental saía pelas caixas de som do trio. Os anos que se sucedem consolidam o casamento cantor+trio que se mantém até hoje. Os Novos Baianos, com Baby, Paulinho Boca e Pepeu Gomes e Luiz Caldas no trio Tapajós.     

Os grandes artistas que criavam e projetavam os trios também têm seu espaço de destaque. Orlando Tapajós, que hoje, nomeia um dos circuitos da folia, cria a “‘Caetanave” em 1972, uma homenagem a Caetano Veloso, que voltava do exílio em Londres na época da ditadura militar. É neste momento que Caetano declara que “o trio elétrico é a salvação do povo brasileiro”. Nos anos 80, Pedrinho da Rocha também se destaca pelos designs de trios e dos abadás dos blocos, que ganharam mais força com bandas como Eva, Chiclete e, posteriormente, Asa de Águia.    

Ainda na década de 70, uma força pungente da ancestralidade baiana surge na festa, os blocos Afro. Em 1975, desfila pela primeira vez, o mais belo dos belos, Ilê Aiyê. Desfilando o tema de Paulinho Camafeu, a partir daquele Carnaval, todos passariam a saber “que bloco é esse”. A emergência dos blocos Afro está diretamente ligada aos movimentos diaspóricos Black Power, os Panteras Negras nos EUA e a independência de países africanos na década de 60 como Costa do Marfim, Benin, Somália e Nigéria. Os tambores do Olodum começam a ressoar nas ladeiras do Pelourinho em 79, criando um movimento único com as coreografias dos percussionistas. Em Itapuã nasce o Malê Debalê, com o nome inspirado nos negros mulçumanos que lutaram na Revolta dos Malês. Surgem também O Muzenza do Reggae, o Bankoma e, posteriormente, Didá, formada unicamente por mulheres.    

Para além da festa na capital, o museu também conta a história da festa em cidades do interior como Maragogipe, Juazeiro e na Praia do Forte, onde ainda há a tradição dos “caretas”, inclusive, com oficinas de moldagem de máscaras carnavalescas. A Micareta, que nasceu em Salvador, no início dos anos 20 como uma alternativa ao Carnaval, que passou por um rápido declínio, hoje é forte em cidades do interior como Feira de Santana e Jacobina. “Os Cão de Jacobina”, desde os anos 40, contam a história da batalha entre o bem e o mal, com homens pintados de preto e chifres remetendo ao diabo numa luta com o anjo São Miguel.   

No vasto mundo cultural, musical e de tradição que é o Carnaval da Bahia, a Casa do Carnaval, com um acervo denso, promove uma experiência única pela história e evolução da festa. Mais que um equipamento cultural, a Casa do Carnaval é um espaço de pertencimento dos baianos e foliões, que conta as diversas faces da sua história e de todos os elementos que a constituíram para ser, hoje, a maior festa de rua do mundo, arrastando milhões de pessoas anualmente. 

Equipamentos culturais municipais são opções de lazer no feriadão de Corpus Christi  

Publicado: 7 de junho de 2023-16:58

Quem passar o feriadão de Corpus Christi em Salvador, que começa nesta quinta-feira (8), pode aproveitar as atividades realizadas nos equipamentos públicos municipais. As estruturas fazem parte da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e, além de um rico acervo interativo, contam com apresentações culturais como dança, contos juninos, religião e batalhas musicais. 

Cidade da Música – A Cidade da Música da Bahia, no Comércio, promove no sábado (10), às 15h, Oficina de Instrumento de Sucatas, com o objetivo de criar instrumentos musicais recicláveis para as bandas juninas da cidade. No domingo (11), é a vez da oficina de Musicalização para os Bebês, no intuito de apresentar noções básicas de música e sonoridade para os pequenos, a partir das 15h. 

Espaços Carybé e Pierre Verger – No espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte Santa Maria), no Porto da Barra, acontece o projeto Hora da História, com o tema “Contos Juninos”. O intuito é apresentar relatos históricos do nosso São João e a importância da festa para os nordestinos. A atividade acontece no sábado (10) e domingo (11), às 15h. Os visitantes ainda podem aproveitar antes para conhecer o Espaço Carybé das Artes (Forte São Diogo), também no Porto da Barra, com o mesmo ingresso. 

Casa do Carnaval – O equipamento localizado na Praça Ramos de Queirós, Pelourinho, recebe no sábado (10), das 14h às 18h, Baile Banzé a Caminho da Roça, atração onde o público participa do momento se apresentando em batalhas de dança, divididas nas categorias face junina, melhor look e cangaceiros. No sábado (10) e domingo (11), das 11h às 15h, o espaço oferece uma visita guiada com o tema “Bloco de Mediação”, para conhecer sobre a história do maior carnaval do planeta. 

Casa do Rio Vermelho – A Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, situada na Rua Alagoinhas, 33, promove no sábado (10), às 15h, uma visita guiada exclusivamente para as crianças com a temática “Caçadores de Sapos”. No sábado (10) e domingo (11), das 10h às 18h, ocorre a oficina “Desenhos na Varanda”, com a exposição de desenhos feitos pelos alunos da Escola de Belas Artes da Ufba.   

No domingo (11), às 10h30, a programação conta com a oficina Oratório dos Santos Juninos, voltada para os maiores de 10 anos. Para participar, é necessário que os participantes levem suas próprias tesouras, sem ponta. 

Acesso – Os espaços culturais funcionam de terça a domingo, incluindo feriados, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) – benefício voltado para idosos, estudantes e residentes em Salvador (mediante apresentação do comprovante de residência). Às quartas-feiras, a entrada é gratuita. 

Programa incentiva pessoas com Transtorno do Espectro Autista a conhecer equipamentos culturais da cidade  

Publicado: 26 de abril de 2023-16:15

O programa Visita Azul, criado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), promoveu, nos últimos dois anos, mais de 160 mil visitas guiadas de jovens e adultos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a equipamentos culturais de Salvador, a exemplo da Casa do Carnaval, Cidade da Música, Casa do Rio Vermelho, Espaço Carybé das Artes e Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana. As visitas são totalmente gratuitas, a partir de agendamento prévio. 

Nestes locais, além da experiência sensorial, os visitantes têm acesso a um pouco da história da capital baiana, através de personagens que fizeram parte do cotidiano da cidade, nos últimos 100 anos – como os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai-, à história da folia soteropolitana e à contribuição baiana para o cenário musical do Brasil e do mundo. Os acervos de fotos e telas de dois estrangeiros que materializaram a cultura local, o antropólogo Pierre Verger e o artista plástico Carybé, também fazem parte da experiência. 

Pertencimento – A coordenadora de Comunicação dos equipamentos culturais da Secult, Maria João Amado, explica que o Visita Azul pode causar impactos positivos nas crianças em geral e, especificamente, nas pessoas com Transtorno do Espectro Autista de todas as idades. “É uma forma de transmitir a sensação de pertencimento à cidade e seus ativos culturais, auxiliando na reinserção social do visitante”, afirma. 

No ano passado, a Casa do Carnaval da Bahia recebeu 45.049 visitantes e 20.494, nos três primeiros meses de 2023. A Cidade da Música, por sua vez, registrou 74.320 visitantes no ano passado e 20.986, nos primeiros meses deste ano. Já a Casa do Rio Vermelho teve a visita de 37.864 pessoas em 2022 e 14.007, no primeiro trimestre de 2023.  

Os espaços Verger e Carybé, respectivamente, contabilizaram 9.684 visitas, no ano passado e 3.004, no primeiro trimestre deste ano. A ação teve início no mês de março e, até o momento, já ocorreram visitas de grupos de instituições, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e Instituto Pestalozzi da Bahia. 

Os interessados podem agendar as visitas individuais ou de grupos organizados, por telefone. “Atualmente, os grupos têm mais facilidade, pois é mais fácil compor o mínimo necessário de dez pessoas por visita, além dos dez acompanhantes. Mas é totalmente possível o agendamento individual”, pontua Maria João.  

Confira os horários das edições da Visita Azul: 

Dia 5/5 – Cidade da Música da Bahia (Comércio), às 10h.  Agendamento: (71) 99622-9020 

Dia 12/5 – Espaços Carybé das Artes e Pierre Verger da Fotografia Baiana (Porto da Barra), às 10h. Agendamento: (71) 99621-8742 

Dia 19/5 – Casa do Rio Vermelho (Rio Vermelho), às 10h. Agendamento: (71) 99626-1036 

Casa do Carnaval da Bahia

Publicado: 12 de setembro de 2022-11:05

Administrada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Casa do Carnaval foi inaugurada em 5 de fevereiro de 2018, com investimento de cerca de R$ 6 milhões. Antes, o imóvel que fica no endereço Praça Ramos de Queirós, s/n – Pelourinho, abrigava a antiga Casa do Frontispício e foi restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para receber o museu. A curadoria do projeto é do artista, designer e cenógrafo Gringo Cardia, juntamente com o professor doutor em Cultura Contemporânea e reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Paulo Miguez, um dos maiores especialistas nos estudos sobre a festa, além de um amplo grupo de artistas e pesquisadores como Jonga Cunha e Bete Capinan, que também contribuíram para a concepção do espaço. A Casa do Carnaval chegou a ser reconhecida nacionalmente e ficou em segundo lugar na categoria “Valorização do Patrimônio pelo Turismo”, durante a primeira edição do Prêmio Nacional de Turismo, realizada no Rio de Janeiro, em dezembro de 2018.

Estrutura – No andar térreo do prédio da Casa do Carnaval da Bahia é possível encontrar à disposição uma biblioteca de livros relacionados à festa, a Salvador, suas artes e tradições. Ainda neste piso, as salas “Origens do Carnaval” e “Criatividade e ritmos do Carnaval” apresentam a diversidade presente no Carnaval baiano. Há também 200 bonecos feitos de cerâmica que representam figuras típicas da folia. Com luzes, refletores e fitas de LED, a proposta do espaço é remeter à vibração da festa. Ao som de músicas características da folia, o visitante tem acesso a diversas vitrines com objetos pessoais e inéditos cedidos por artistas, tais como vestuário, adereços e instrumentos. No primeiro andar, ficam as duas salas do Cinema Interativo, onde o visitante escolhe um adereço disponível para caracterização, assiste uma seleção de três vídeos e é estimulado a dançar as coreografias de blocos e bandas, orientados por monitores dançarinos. O objetivo é possibilitar uma experiência única e emocionante como bem manda a magia da música e dos ritmos do Carnaval da Bahia.

– Funcionamento de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h).

– Ingressos custam R$ 20,00 inteira/R$ 10,00 meia. 

– Residentes de Salvador que apresentarem o comprovante pagam meia entrada todos os dias.

– Gratuidade nas quartas-feiras.

– Proibidos alimentos e bebidas durante toda a permanência no local

– Obrigatório o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca durante toda a visita.

– É importante lembrar que os adultos precisam comprovar ter recebido, no mínimo, as duas doses da vacina ou dose única, a depender do imunizante utilizado. Já os adolescentes deverão comprovar, no mínimo, ter recebido a primeira dose contra o coronavírus. Será exigido o cartão de vacinação físico ou digital (ConectSUS ou Carteira de Vacinação Digital, por exemplo). Apenas crianças e adolescentes, até 16 anos, vão poder acessar os locais, sem precisar do comprovante.

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