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Do batuque ao rap/trap, Cidade da Música permite passeio pelos ritmos produzidos na Bahia

Publicado: 27 de julho de 2023-12:00

No berço do Comércio, em frente ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, encontra-se o famoso casarão de azulejos azuis, a Cidade da Música da Bahia. O museu, inaugurado em 2021, tem a ideia de apresentar a história da música baiana, da cultura soteropolitana e, consequentemente, do Brasil como um todo. Além da proposta base, o local vem se destacando por seus workshops diários de percussão e por ser espaço de interesse entre os rappers, que podem participar de batalhas de rimas em um espaço dedicado ao hip-hop.

O mês de julho tem sido um período de grande pico, já que é a época das férias em outras partes do país, e a capital baiana recebe muitos turistas. Segundo o supervisor do equipamento cultural, Gean Carlo, tem havido um aumento considerável de público e a expectativa é que atinjam números muito acima da média diária normal. Os meses de janeiro e dezembro, no verão, também representam meses de grande fluxo.

O gestor conta que, em uma das quartas-feiras deste mês de julho, a casa chegou a receber 612 visitantes – aumento que se dá principalmente durante as férias dos estados do Sul e Sudeste, quando há um maior interesse em conhecer o acervo musical. “Normalmente, durante a semana, temos uma média de 250 a 300 visitantes por dia. Grande parte dessas visitas são de grupos escolares, que atendemos durante os turnos da manhã e da tarde. Às quartas-feiras, a visitação é maior devido à gratuidade. Nesse dia, a média é de 400 a 600 visitantes, excluindo o período de junho a julho. A estimativa para esse mês é que atinjamos de 1 mil a 1,2 mil visitantes em um dia, impulsionados por esse fator”, confirma.

Patrimônio – Gerido pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), o equipamento tem sido referência no âmbito de pesquisas e preservação do patrimônio imaterial, que é a música. São mais de 700 horas de conteúdo disponível que resumem as manifestações musicais em Salvador, desde o seu surgimento. A responsabilidade do acervo e do design do local estão sob as curadorias do antropólogo Antônio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, dupla que também atuou em outro equipamento municipal, a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé.

Os visitantes podem acessar totens, TVs e grandes telas dispostas ao longo dos espaços, cujo conteúdo é acessado através do QR Code escaneado pelo celular da pessoa, o que permite controlar o que é visto, como um controle remoto, que funciona durante toda a visita. “Ao entrar na casa, eles se sentem envolvidos nesse universo musical. Não é como assistir a um documentário, é como estar dentro dele. Para lidar com a quantidade considerável de conteúdo, desenvolvemos um aplicativo. Através do nosso site, é possível escolher o bairro de maior interesse, explorar as narrativas e acessar as cabines através dos números exibidos em cada tela. Isso oferece mais autonomia a quem está visitando”, esclarece Carlo.

“Por ser um patrimônio imaterial, 90% do nosso acervo é digital. Temos dois polos físicos, os instrumentos confeccionados por Luizinho do Jejê, que compõem nosso estúdio de percussão, utilizados em nossas apresentações diárias, e os livros, encontrados na sala de leitura do térreo”, pontua Carlo.

Dessa forma, o museu se torna atrativo tanto para turistas, quanto para locais. Os que vêm de fora podem conhecer mais sobre a cultura, história e a música baiana, e os que são de Salvador, se aprofundam no cotidiano e nos bairros da cidade e vivem uma imersão diferente, já que enxergam o próprio dia a dia nas exposições.

“Eu achei uma experiência única. É um instrumento de grande integração cultural, traz para a gente uma vivência de Salvador que normalmente não temos. Nós costumamos conviver com as experiências dos bairros, sem entender os significados, a história e isto aqui é uma ferramenta de integração, de consciência, um espaço que você não vê com essa magnitude em nenhum lugar do Brasil”, declara Alexandre Souza, soteropolitano em visita ao museu.

Andares Temáticos: Uma Viagem pela Música e Arte

O local conta com três andares temáticos e acervo totalmente digitalizado, além de salas especiais interativas, como a do karaokê, o estúdio de percussão e a sala do rap/trap. Já no térreo, é possível encontrar um café, biblioteca e a recepção. São mais de 30 mediadores trabalhando na casa que auxiliam as visitas, assistem as pessoas e promovem atividades lúdicas.

No primeiro andar da casa, é possível encontrar um panorama geral, na exposição “A Cidade de Salvador e Sua Música”. São 44 bairros, cujas respectivas histórias são contadas ao longo de cabines espalhadas, cada uma narrando um pequeno bloco, por meio de depoimentos de envolvidos. Também há um mapa interativo que pode ser acessado e três grandes telas de projeção, emulando a experiência de uma pequena sala de cinema.

Uma das abordagens mostram, por exemplo, como Carlinhos Brown e a transformação da música alçaram o Candeal a uma potência musical. Dessa forma, o visitante entende o motivo da denominação de Salvador como Cidade da Música, título concedido pela Unesco em 2016. Isso não se restringe apenas aos bairros mais conhecidos, pois aqueles que moram em locais mais específicos e menos conhecidos podem encontrar seu cotidiano representado e entender a contribuição local para a cultura.

“Oferecemos vídeos mais curtos sobre tópicos específicos dentro de cada região, além de uma sala de projeção, um cinema que exibe um local de cada vez de forma mais aprofundada, com vídeos de 30 a 40 minutos. Assim, os visitantes têm uma experiência imersiva para entender a essência de cada um. Dessa forma, percebem que cada lugar é como uma cidade inteira. Nosso objetivo é conectar a história da música, dos artistas e sua importância, além de estabelecer conexões com a nova geração. Isso é importante não apenas para os visitantes regulares, mas também para as escolas que trazem seus alunos, proporcionando-lhes a oportunidade de conhecer as raízes da música brasileira, que estão na música baiana”, pontua Francisco Gonçalves, mediador e percussionista da casa.

No segundo andar são abordadas as artes plásticas, movimentos artísticos e artistas, ampliando a noção de música para todo o estado. O visitante descobre, por exemplo, como a música se manifesta em Santo Amaro, onde surgiram grandes ícones como Maria Bethânia, entre outros.

É nele que está a exposição “História da Música na Bahia”. O tema do local é voltado ao movimento Tropicália, com a decoração que conta com ilustrações gigantes, tiradas de fragmentos das pinturas do pintor baiano e modernista Genaro de Carvalho (1926 – 1971). Aqui, estão nove cabines de vídeos e três salas especiais. É sintetizado um panorama sobre os artistas, gêneros e movimentos da história musical baiana, da Tropicália ao rap/trap, que inclusive conta com uma sala própria dedicada a esse gênero mais moderno.

Nesse andar, ocorrem projetos voltados ao mundo do hip-hop, abertos ao público-alvo que desejar prestigiar, bem como aos visitantes que estiverem passando. “Nós tentamos alinhar o que o andar traz para nós, que são os artistas de gêneros e movimentos da história musical baiana ao rap/trap. Temos três formatos lá, o de batalhas, onde os MCs disputam versos para ver quem se sai melhor; o de interação direta, onde pedimos palavras ao visitante e construímos um freestyle; e o formato livre, que é a construção de freestyle apenas para demonstração”, afirma Ogum, mediador e rapper da casa.

No mesmo local, está sendo dedicada uma homenagem ao músico de Santo Amaro, Assis Valente (1911 – 1958), aproveitando também temáticas de datas importantes para criar um trabalho lúdico em cima disso. “Estamos usando o formato drill, mais focado nas composições dele. O museu proporciona muito isso. Por exemplo, aproveitamos a temática do 2 de Julho e do Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ para construirmos um movimento claro com a visibilidade do mundo do rap, apresentando esse gênero periférico que representa as favelas”, completa.

Já no terceiro andar, é onde estão as atividades mais interativas do museu, onde os visitantes podem experimentar a vivência musical. Ali, é possível encontrar as salas de karaokê, onde qualquer um pode entrar na cabine para cantar uma música de sucesso do carnaval baiano, que é gravada e disponibilizada para os visitantes. Também estão as cabines de mixagem, onde podem trabalhar na mixagem de sua música, além do estúdio de percussão, onde ficam os instrumentos da casa e ocorrem as oficinas diárias – momento em que os visitantes podem conferir como um profissional da música pode atuar em diferentes áreas, como percussão, mixagem, produção de estúdio, rap/trap e até mesmo karaokê.

Para o mediador sênior da casa, Vitor Portela, o objetivo é fazer com que o visitante compreenda a importância teórica por trás da construção dos diversos ritmos bastante conhecidos durante o carnaval baiano e que hoje compõem a música brasileira. “Essa base é o fundamento de toda a música que escutamos atualmente no Brasil, independentemente do gênero. Dentro do estúdio, começamos apresentando um pouco da parte teórica e, em seguida, mostramos os instrumentos que representam a percussão da Bahia. Dessa forma, proporcionamos aos visitantes a oportunidade real de participar desse espetáculo. Aqui eles não apenas assistem, mas também tocam instrumentos e compreendem como se comportar como percussionistas e músicos. Essa interação é muito enriquecedora, e eles saem daqui com o entendimento da importância da percussão baiana”, esclarece.

Os mediadores percussionistas da casa comandam os workshops abertos ao público, que ocorrem de hora em hora, todos os dias. A atividade é lúdica e conta com a participação direta do público presente, permitindo que toquem um pouco e sintam brevemente como é ser um músico. “Nós trabalhamos nossas habilidades com o que entendemos sobre um instrumento que produz som, algo que não tínhamos acesso com tanta facilidade. O instrutor mostrou como é fácil para quem quiser começar, pegar qualquer instrumento e transformá-lo em som. Muito bom”, diz Francisca Souza, residente de Salvador.

Funcionamento – A Cidade da Música da Bahia funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada permitida até as 17h. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia). Residentes de Salvador que apresentarem comprovante pagam meia entrada todos os dias. Alimentos e bebidas são proibidos durante a permanência no local. O site oficial é o https://cidadedamusicadabahia.com.br/.

Fotos: Betto Jr. e Bruno Concha/Secom PMS
Texto: Ascom/Secult PMS

Equipamentos culturais municipais são opções de lazer no feriadão de Corpus Christi  

Publicado: 7 de junho de 2023-16:58

Quem passar o feriadão de Corpus Christi em Salvador, que começa nesta quinta-feira (8), pode aproveitar as atividades realizadas nos equipamentos públicos municipais. As estruturas fazem parte da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e, além de um rico acervo interativo, contam com apresentações culturais como dança, contos juninos, religião e batalhas musicais. 

Cidade da Música – A Cidade da Música da Bahia, no Comércio, promove no sábado (10), às 15h, Oficina de Instrumento de Sucatas, com o objetivo de criar instrumentos musicais recicláveis para as bandas juninas da cidade. No domingo (11), é a vez da oficina de Musicalização para os Bebês, no intuito de apresentar noções básicas de música e sonoridade para os pequenos, a partir das 15h. 

Espaços Carybé e Pierre Verger – No espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte Santa Maria), no Porto da Barra, acontece o projeto Hora da História, com o tema “Contos Juninos”. O intuito é apresentar relatos históricos do nosso São João e a importância da festa para os nordestinos. A atividade acontece no sábado (10) e domingo (11), às 15h. Os visitantes ainda podem aproveitar antes para conhecer o Espaço Carybé das Artes (Forte São Diogo), também no Porto da Barra, com o mesmo ingresso. 

Casa do Carnaval – O equipamento localizado na Praça Ramos de Queirós, Pelourinho, recebe no sábado (10), das 14h às 18h, Baile Banzé a Caminho da Roça, atração onde o público participa do momento se apresentando em batalhas de dança, divididas nas categorias face junina, melhor look e cangaceiros. No sábado (10) e domingo (11), das 11h às 15h, o espaço oferece uma visita guiada com o tema “Bloco de Mediação”, para conhecer sobre a história do maior carnaval do planeta. 

Casa do Rio Vermelho – A Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, situada na Rua Alagoinhas, 33, promove no sábado (10), às 15h, uma visita guiada exclusivamente para as crianças com a temática “Caçadores de Sapos”. No sábado (10) e domingo (11), das 10h às 18h, ocorre a oficina “Desenhos na Varanda”, com a exposição de desenhos feitos pelos alunos da Escola de Belas Artes da Ufba.   

No domingo (11), às 10h30, a programação conta com a oficina Oratório dos Santos Juninos, voltada para os maiores de 10 anos. Para participar, é necessário que os participantes levem suas próprias tesouras, sem ponta. 

Acesso – Os espaços culturais funcionam de terça a domingo, incluindo feriados, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) – benefício voltado para idosos, estudantes e residentes em Salvador (mediante apresentação do comprovante de residência). Às quartas-feiras, a entrada é gratuita. 

Programa incentiva pessoas com Transtorno do Espectro Autista a conhecer equipamentos culturais da cidade  

Publicado: 26 de abril de 2023-16:15

O programa Visita Azul, criado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), promoveu, nos últimos dois anos, mais de 160 mil visitas guiadas de jovens e adultos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a equipamentos culturais de Salvador, a exemplo da Casa do Carnaval, Cidade da Música, Casa do Rio Vermelho, Espaço Carybé das Artes e Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana. As visitas são totalmente gratuitas, a partir de agendamento prévio. 

Nestes locais, além da experiência sensorial, os visitantes têm acesso a um pouco da história da capital baiana, através de personagens que fizeram parte do cotidiano da cidade, nos últimos 100 anos – como os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai-, à história da folia soteropolitana e à contribuição baiana para o cenário musical do Brasil e do mundo. Os acervos de fotos e telas de dois estrangeiros que materializaram a cultura local, o antropólogo Pierre Verger e o artista plástico Carybé, também fazem parte da experiência. 

Pertencimento – A coordenadora de Comunicação dos equipamentos culturais da Secult, Maria João Amado, explica que o Visita Azul pode causar impactos positivos nas crianças em geral e, especificamente, nas pessoas com Transtorno do Espectro Autista de todas as idades. “É uma forma de transmitir a sensação de pertencimento à cidade e seus ativos culturais, auxiliando na reinserção social do visitante”, afirma. 

No ano passado, a Casa do Carnaval da Bahia recebeu 45.049 visitantes e 20.494, nos três primeiros meses de 2023. A Cidade da Música, por sua vez, registrou 74.320 visitantes no ano passado e 20.986, nos primeiros meses deste ano. Já a Casa do Rio Vermelho teve a visita de 37.864 pessoas em 2022 e 14.007, no primeiro trimestre de 2023.  

Os espaços Verger e Carybé, respectivamente, contabilizaram 9.684 visitas, no ano passado e 3.004, no primeiro trimestre deste ano. A ação teve início no mês de março e, até o momento, já ocorreram visitas de grupos de instituições, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e Instituto Pestalozzi da Bahia. 

Os interessados podem agendar as visitas individuais ou de grupos organizados, por telefone. “Atualmente, os grupos têm mais facilidade, pois é mais fácil compor o mínimo necessário de dez pessoas por visita, além dos dez acompanhantes. Mas é totalmente possível o agendamento individual”, pontua Maria João.  

Confira os horários das edições da Visita Azul: 

Dia 5/5 – Cidade da Música da Bahia (Comércio), às 10h.  Agendamento: (71) 99622-9020 

Dia 12/5 – Espaços Carybé das Artes e Pierre Verger da Fotografia Baiana (Porto da Barra), às 10h. Agendamento: (71) 99621-8742 

Dia 19/5 – Casa do Rio Vermelho (Rio Vermelho), às 10h. Agendamento: (71) 99626-1036 

Cidade da Música da Bahia

Publicado: 12 de setembro de 2022-10:57

Berço de grandes artistas da MPB, samba-reggae, rock, pagode, axé e de diversos outros gêneros e ritmos, Salvador tem na música uma de suas principais manifestações culturais. E pela primeira vez, em seus 472 anos de história, a capital passa a contar com um espaço de celebração e de conhecimento dessa expressão artística com a implantação da Cidade da Música da Bahia, novo museu instalado pela Prefeitura de Salvador no emblemático Casarão dos Azulejos Azuis, no bairro do Comércio.

Situado em uma localização estratégica e de fácil acesso – próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, dois conhecidos cartões portais soteropolitanos -, o imóvel foi completamente recuperado pela Prefeitura e apresenta a história da música desde os tempos da colonização da primeira capital do Brasil até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos. Além disso, também será um centro cultural de produção de novas linguagens musicais, com aparelhamento técnico e estúdios para promover novos movimentos.

Gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Cidade da Música da Bahia possui 1.914,76 m² de área construída e quatro pavimentos, cuja imersão dos visitantes é proporcionada através da mais moderna tecnologia utilizada atualmente. O piso térreo conta com hall de entrada, recepção/bilheteria, salão de estar, café, loja, biblioteca, midiateca, centro de pesquisa, área de infraestrutura do centro cultural, secretaria, depósito, copa e área de funcionários. A partir daí, a viagem ao universo sonoro da capital baiana é monitorada através do smartphone do visitante, a partir do sistema da Cidade da Música que pode ser acessado através de QR Code e mediante preenchimento do cadastro.

Demais pavimentos – Os pavimentos superiores abrigam acervos permanentes e estão sob as curadorias do antropólogo Antonio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, que também atuaram em outro equipamento municipal: a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé. No primeiro andar da Cidade da Música, os visitantes se deparam com a exposição “A Cidade de Salvador e Sua Música”, que retrata bairros da cidade e suas músicas, histórias, depoimentos e novas tendências. O local dispõe de recursos audiovisuais através de uma grande maquete interativa, três grandes telas de projeção, estações de consulta e estúdio para gravação de depoimentos.

O segundo andar, por sua vez, possui na ambientação o tema da Tropicália com ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho. O local abriga a exposição “História da Música na Bahia” com nove cabines de vídeos, além de três salas.

Uma delas é intitulada “A Magia da Orquestra” e exibe conteúdo voltado para a música clássica, mostrando como funciona uma orquestra passo a passo, quais os instrumentos a compõe e vídeo gravado com a Orquestra Sinfônica da Bahia.

A sala “A Nova Música da Cidade” traz experiência imersiva com grande tela de 80 polegadas, onde passam vídeos com grupos novos, cantores em ascensão e grupos periféricos de música. O sistema de iluminação desse local acompanha as luzes do show ou clipe, dando a sensação ao visitante que ele está dentro da tela.

Já a sala “Quem Faz a Música da Bahia” é equipada com uma grande tela na qual são exibidos 260 depoimentos das pessoas mais importantes e representativas da música baiana. Lá, o público também tem acesso a uma edição do vídeo dinâmica em forma de roda de conversa, de maneira a ter um conteúdo interessante em qualquer momento que se entra nela.

O último pavimento da Cidade da Música da Bahia oferece entretenimentos educativos. Há três estúdios de gravação de clipes karaokê onde o visitante escolhe um fundo gráfico e, ao final, tem seu clipe pronto para postar em redes sociais. Uma estação de vídeo mostra todos os clipes que foram gravados. O conteúdo é acumulativo e dá para pesquisar quem gravou.

O cardápio de variedades segue com a sala do “Rap e Trap, poesia consciente” que mostra vídeos de vários rappers, trappers e poetas de todo o Brasil, em especial os artistas jovens da Bahia. Esse espaço tem um pequeno tablado no qual o visitante pode recitar seu rap ou poesia.

E mais: o público pode brincar com jogos da memória sobre a música da Bahia (várias imagens são escolhidas e viram cards informativos); Quiz Game (perguntas e respostas sobre a música baiana baseadas na exposição) e instalações interativas que simulam mesa de som. Nesses equipamentos, é possível mexer os canais de áudio de uma música e entender cada instrumento.

Além disso, há estações para exibições de documentários. Em uma delas dá para assistir depoimentos dos grandes percussionistas baianos e sobre a história da percussão no Estado e no mundo. A outra apresenta os principais projetos sociais de música e juventude de Salvador, a exemplos do Pracatum, Projeto Axé, Quabales e Bagunçaço, entre outros.

O terceiro andar ainda tem sala especial de demonstração de um set de percussão onde as pessoas sentam em volta da mesa central. Um monitor do espaço cultural faz uma aula show com a participação final de todos os visitantes. Essa mesma sala está desenhada para ser um estúdio de gravação que acolherá o projeto “Novos Talentos”, no qual a Cidade da Música escolhe quatro jovens artistas por mês e produz a música e um clipe dos selecionados.

– Funcionamento de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h).

– Ingressos custam R$ 20,00 inteira/R$ 10,00 meia.

– Residentes de Salvador que apresentarem o comprovante pagam meia entrada todos os dias.

– Proibidos alimentos e bebidas durante toda a permanência no local.

– Obrigatório o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca durante toda a visita.

– É importante lembrar que os adultos precisam comprovar ter recebido, no mínimo, as duas doses da vacina ou dose única, a depender do imunizante utilizado. Os adolescentes deverão comprovar, no mínimo, ter recebido a primeira dose contra o coronavírus. Será exigido o cartão de vacinação físico ou digital (ConectSUS ou Carteira de Vacinação Digital, por exemplo). Apenas crianças e adolescentes, até 16 anos, vão poder acessar os locais, sem precisar do comprovante.

– Site: https://cidadedamusicadabahia.com.br/

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