Logo Prefeitura de Salvador

Tesouros do Porto da Barra: fortes reverenciam artistas amigos e apaixonados pela Bahia

Publicado: 27 de julho de 2023-11:27

Nos fortes do Porto da Barra, residem trabalhos, memórias e histórias de dois artistas que não nasceram na Bahia, mas que a adotaram de coração. No Forte São Diogo, encontramos o Espaço Carybé de Artes, dedicado a Hecctor Julio Páride Bernabó (Carybé), um argentino com alma soteropolitana e que deixou uma marca significativa na história das artes plásticas brasileiras. No Forte Santa Maria, vemos o Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, em homenagem ao francês Pierre Edouard Leopold Verger, que também se apaixonou por Salvador e se tornou um dos fotógrafos mais importantes do nosso país. Dada a proximidade artística e pessoal entre eles, é justo que os espaços dados aos seus trabalhos sejam vizinhos.  

Abertos desde 2016, o Espaços Carybé e o Pierre Verger são geridos pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). A supervisora dos equipamentos culturais, Simone Lopes, ressalta que tem sido realizado um trabalho de dinamização desses locais, buscando revitalizá-los como parte de uma ação renovadora para a cidade.  

“Os espaços culturais possuem agendamentos e realizam atividades temáticas pontuais, especialmente relacionadas a datas comemorativas. Os espaços da Prefeitura têm se empenhado em promover mensalmente essas dinamizações para que a sociedade perceba que esses locais podem ser ocupados e apreciados de diversas formas, não apenas por meio de visitações, mas também em outros encontros que abordam assuntos específicos”, completa.  

Mergulho nos traços de Carybé – Carybé nasceu em 1911, em Lánus, distrito fronteiriço com Buenos Aires, na Argentina. Ele foi jornalista por formação, pintor, gravador, desenhista, ilustrador, mosaicista, ceramista, entalhador e muralista por paixão. Filho de pai cigano, tinha seis meses quando sua família se mudou para a Itália, onde ficou até os seus nove anos. Em 1920, passou a morar em Bonsucesso, bairro na zona norte do Rio de Janeiro. Quando completou 19 anos, voltou para a Argentina.   

O artista aprendeu a desenhar em casa, vendo os irmãos mais velhos Arnaldo e Roberto, que eram pintores. Começou a carreira como cartunista, mas resolveu migrar para as tintas e pincéis. Em 1936, fez sua primeira exposição. Em 1938, veio à Bahia a trabalho, quando se apaixonou à primeira vista por Salvador, pela cidade e pelos costumes locais. Em 1950, voltou para morar.   

“A obra dele muda a partir disso, para retratar nossa cultura. Ele pintou as festas de largos, no Rio Vermelho, no Bonfim, pintou o dia a dia dos terreiros. O grande diferencial do Carybé foi retratar a beleza daquilo que nós nem percebemos mais no nosso cotidiano”, pontua Jessica Freitas, mediadora e historiadora do Espaço Carybé de Artes.  

Em uma entrevista à crítica de artes, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte e da Associação Internacional de Críticos de Arte, Matilde Matos, respondendo o porquê escolheu a Bahia como morada e como retrato de suas obras, Carybé diz: “Porque gostei. Procurei pra burro na América do Sul (o México eu ainda não conhecia) e encontrei o Peru e a Bolívia, que como aqui, são lugares de caldeamento, mas todos dois são muito fechados, muito sérios. A Bahia é alegre e por isso a escolhi”, expressou o pintor.  

Já em 1957, se naturalizou brasileiro. Teve grande participação no cenário de renovação de artes plásticas na Bahia, ao lado de Mario Cravo Júnior (1923-2018); Genaro de Carvalho (1926-1971); e Jenner Augusto (1924-2003). Em 1981, publicou o livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, pela Editora Raízes. Também chegou a ilustrar livros do colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014); Jorge Amado (1912-2001) e Pierre Verger (1902-1996), entre outros. O artista faleceu em 1997, em Salvador.  

“Carybé foi um artista muito inspirador, não só por ter tido muita vontade de falar sobre o cotidiano das pessoas, mas pensar também no quanto elas podiam se ver na obra dele. Particularmente, gosto muito dessas temáticas relacionadas ao cotidiano e questões de identidade que são muito caras. Para além disso, ele inspirou muita gente a tentar, se dobrar, com sua multiplicidade de técnicas, já que em nenhum momento fez algo engessado. Ele é importante em diversos aspectos da nossa cultura, da nossa religiosidade, fez as pessoas buscarem os Orixás, os detalhes. São fragmentos importantes, principalmente, para o povo de santo, que consegue captar essas nuances”, pontua Tamiles Doralício, artista e mediadora de artes do Espaço.  

No local, é possível encontrar esse panorama da sua biografia, dos seus trabalhos, com mais de 500 obras digitalizadas do autor, através de uma experiência lúdica, onde os visitantes podem ter acesso a diversas pinturas, murais e materiais do artista, além de permitir momentos interativos em que você pode ser um personagem 3D do Carybé e até sentir que está pintando um quadro original do mesmo.  

“É bem interativo. A gente viu informações sobre biografia, produção intelectual e artística do Carybé. É a primeira vez que estou vindo e fiquei bem impressionado com a interação e o nível de organização aqui do espaço”, expressa Lucas Rodrigues, turista vindo de Teresina, Piauí.  

O local é composto por uma exposição totalmente virtual, onde é possível observar projeções das pinturas nas paredes, totens digitais com acesso ao acervo do autor, com informações biográficas da vida dele, é possível ver a réplica da mesa de pintura em que o mesmo trabalhava, painéis interativos, além de contar com duas mediadoras que fazem um tour guiado pela vida e obra do artista, como mostrado acima.  

“A gente faz uma proposta de mediação, apresentando primeiro o que é o espaço de exposição digital, que difere da mediação de conteúdo físico. Primeiramente, é importante sinalizar e orientar o visitante de que se trata de um tour diferenciado, um momento de experimentar um museu digital. Vou mostrar o que temos em nosso acervo, que só está disponível devido à facilidade da digitalização. Por exemplo, os trabalhos de caderno do Carybé e as obras que ele não chegou a finalizar. Dessa forma, vou construindo com eles a noção de quem foi e o que temos do acervo dele aqui”, esclarece Jessica Freitas.  

As imagens e influências de Verger – Verger aprendeu a fotografar com Pierre Boucher (1908-2000), em 1932, quando adquire sua primeira Rolleiflex. Desde então, colaborou com diversos jornais e revistas americanas, latinas e europeias, como Paris-Soir, em 1934; Daily Mirror, de 1935 a 1936; Life, em 1937; Match, em 1938; Argentina Libre e Mundo Argentino, em 1941 e 1942; e O Cruzeiro, de 1945 até fins dos anos de 1950.  

Em 1946, chega em Salvador para ficar. A partir desse momento, se encanta pela história, local e começa a se dedicar a registros e pesquisas das religiões de matrizes africanas e a cultura afro-brasileira. Suas fotografias se baseiam no cotidiano do povo baiano, do dia a dia dos terreiros e dos trabalhadores, pescadores e tantos outros. Se tornou um especialista na questão da diáspora africana e da religião iorubá, tendo publicado livros e diversas fotografias voltadas à temática. Em viagens de estudo sobre o assunto a Benim, na África ocidental, torna-se um iniciado no culto de divinação, com o insigne título de Fatumbi (renascido na graça de Ifá).  

Em 1966, ele concluiu seus estudos de doutorado na Sorbonne (Paris, França), com uma tese que abordava o tráfico de escravos entre o Golfo do Benin e a Bahia nos séculos XVII ao XIX. Em 1974, ele ingressou como professor na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e desempenhou um papel fundamental na criação do Museu Afro-Brasileiro, que foi inaugurado em 1982, em Salvador. Desde 1989, a Fundação Pierre Verger tem a responsabilidade de preservar seus 62 mil negativos fotográficos, sua extensa biblioteca e seu arquivo pessoal, além de difundir seu valioso legado nas áreas de antropologia e fotografia.  

“O trabalho de Verger tem uma contribuição significativa para a compreensão da cultura material do povo negro. Suas fotografias desempenham um papel fundamental nesse contexto, especialmente quando se trata das materialidades do candomblé, que são elementos mais efêmeros. As fotografias de Verger são documentos extremamente importantes, preservados ao longo dos anos, e revelam muito sobre a realidade da Bahia nas décadas de 40, 50 e 60, durante o período em que ele esteve presente na região. Sua contribuição foi essencial para a preservação da imagem de uma Bahia que muitos afirmam não existir mais, mas que persiste por meio de sua cultura e da religião”, afirma Bruno Santos, estudante de museologia e mediador do Espaço.  

No Espaço Pierre Verger de Fotografia Baiana, é possível encontrar trabalhos de mais de 100 fotógrafos baianos ou que fixaram residência na Bahia, além de um acervo disponibilizado pela Fundação Pierre Verger, de forma colaborativa. Da mesma forma que o de Carybé, o espaço conta com pontos de totens digitais e interativos, para que os visitantes fiquem imersos na experiência das fotografias do local.  

“O espaço oferece interatividade e tecnologia, proporcionando acesso aprofundado sobre assuntos de interesse dos visitantes. Além disso, há uma parte mais contemporânea com fotógrafos atuais, apresentando fotos artísticas, experimentais e performáticas, mantendo um diálogo com o legado de Verger, especialmente em relação a questão racial. Também possuímos uma sala dedicada ao candomblé. Essa exposição é interessante não apenas para visitantes de outras cidades, mas também para os moradores de Salvador, pois apresenta fotos de vários bairros, não apenas os turísticos, permitindo que a gente se enxergue na mostra”, destaca Rany Dias, mediadora de audiovisual.  

Os turistas podem experienciar registros do cotidiano do povo baiano e da cultura soteropolitana, através das fotos disponibilizadas por lá. “Estou achando o Espaço muito legal e interativo, tanto na parte descritiva, mais analógica, com as fotos, quanto na parte mais tecnológica. Eu não conhecia Pierre Verger e tem sido uma experiência incrível”, expressa Brenda Mendes Lima, vinda da cidade de São Paulo.  

Amizade que transcende fronteiras – Carybé e Verger foram grandes amigos, unidos pela arte, pela fé e pelo amor à capital baiana. Eles foram contemporâneos e colaboraram juntos em diversas ocasiões durante suas vidas, tal qual outros renomados artistas que também cultivaram uma grande amizade com os estrangeiros, como o escritor Jorge Amado. Esse trio ficou conhecido como os ‘Obás da Bahia’. Os três eram frequentadores do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, fundado em 1910 e localizado no bairro do Cabula, onde exerciam o cargo de Obá, que representam os ministros de Xangô, na tradição do candomblé.  

Além disso, eles também foram grandes parceiros de Dorival Caymmi, com quem realizaram diversas colaborações ao longo de suas carreiras. Na introdução do livro “Carybé, Verger e Caymmi”, Fernando Alves (sócio presidente da PricewaterhouseCoopers – Brasil), afirma: “De origens e formações distintas e unidos por uma visão muito particular sobre os mistérios do mar e da gente da Bahia, eles descortinaram para o mundo, as cores e a cultura afro-baiana. Três artistas que só se tornaram amigos pela coragem de romper fronteiras. O legado deixado por esses grandes ‘brasileiros’ transcende suas expressões artísticas e incursiona pela característica comum de abertura ao novo e da curiosidade de culturas desconhecidas”.  

Funcionamento – A curadoria do Espaço Verger da Fotografia Baiana é de Alex Baradel, diretor técnico da Fundação Pierre Verger, que divide os créditos de pesquisa/curadoria com Célia Aguiar, fotógrafa e professora de fotografia. O projeto expográfico é assinado pelos arquitetos Fritz Zehnle Jr e Rose Lima. No Espaço Carybé de Artes, a curadoria é de Solange Bernabó e o projeto expográfico da empresa Blade Design (Joãozito Pereira e Lanussi Pasquali).   

Ambos os espaços têm recebido visitas de escolas públicas e particulares, além do projeto Visita Azul, que traz crianças no espectro autista para as visitas nas exposições. As agendas são abertas para as instituições que quiserem marcar para ir aos locais.  

Os equipamentos funcionam de quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até as 17h). Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), e dão direito à visitação de ambos os Espaços. Às quartas-feiras, a entrada é gratuita. Os residentes em Salvador que apresentarem comprovante pagam meia-entrada todos os dias. São proibidos alimentos e bebidas durante toda a permanência no local. 

Programa incentiva pessoas com Transtorno do Espectro Autista a conhecer equipamentos culturais da cidade  

Publicado: 26 de abril de 2023-16:15

O programa Visita Azul, criado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), promoveu, nos últimos dois anos, mais de 160 mil visitas guiadas de jovens e adultos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a equipamentos culturais de Salvador, a exemplo da Casa do Carnaval, Cidade da Música, Casa do Rio Vermelho, Espaço Carybé das Artes e Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana. As visitas são totalmente gratuitas, a partir de agendamento prévio. 

Nestes locais, além da experiência sensorial, os visitantes têm acesso a um pouco da história da capital baiana, através de personagens que fizeram parte do cotidiano da cidade, nos últimos 100 anos – como os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai-, à história da folia soteropolitana e à contribuição baiana para o cenário musical do Brasil e do mundo. Os acervos de fotos e telas de dois estrangeiros que materializaram a cultura local, o antropólogo Pierre Verger e o artista plástico Carybé, também fazem parte da experiência. 

Pertencimento – A coordenadora de Comunicação dos equipamentos culturais da Secult, Maria João Amado, explica que o Visita Azul pode causar impactos positivos nas crianças em geral e, especificamente, nas pessoas com Transtorno do Espectro Autista de todas as idades. “É uma forma de transmitir a sensação de pertencimento à cidade e seus ativos culturais, auxiliando na reinserção social do visitante”, afirma. 

No ano passado, a Casa do Carnaval da Bahia recebeu 45.049 visitantes e 20.494, nos três primeiros meses de 2023. A Cidade da Música, por sua vez, registrou 74.320 visitantes no ano passado e 20.986, nos primeiros meses deste ano. Já a Casa do Rio Vermelho teve a visita de 37.864 pessoas em 2022 e 14.007, no primeiro trimestre de 2023.  

Os espaços Verger e Carybé, respectivamente, contabilizaram 9.684 visitas, no ano passado e 3.004, no primeiro trimestre deste ano. A ação teve início no mês de março e, até o momento, já ocorreram visitas de grupos de instituições, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e Instituto Pestalozzi da Bahia. 

Os interessados podem agendar as visitas individuais ou de grupos organizados, por telefone. “Atualmente, os grupos têm mais facilidade, pois é mais fácil compor o mínimo necessário de dez pessoas por visita, além dos dez acompanhantes. Mas é totalmente possível o agendamento individual”, pontua Maria João.  

Confira os horários das edições da Visita Azul: 

Dia 5/5 – Cidade da Música da Bahia (Comércio), às 10h.  Agendamento: (71) 99622-9020 

Dia 12/5 – Espaços Carybé das Artes e Pierre Verger da Fotografia Baiana (Porto da Barra), às 10h. Agendamento: (71) 99621-8742 

Dia 19/5 – Casa do Rio Vermelho (Rio Vermelho), às 10h. Agendamento: (71) 99626-1036 

Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte de Sta. Maria)

Publicado: 12 de setembro de 2022-11:02

Projeto dedicado à fotografia baiana, destacando o trabalho de Pierre Verger e de mais 100 fotógrafos que tenham nascido ou fixado residência, ainda que temporária, na Bahia. Além de uma exposição permanente, o local se amplia com a realização de exposições temporárias no Espaço Fragmentos, instalado na Praça “Amigos da Marinha” em frente ao Forte de Sta. Maria.

Apesar de suas limitações espaciais, consegue, pela via tecnológica, ampliar seu conteúdo e viabilizar a apresentação de significativas produções realizadas no território baiano. A exposição permanente propõe uma leitura da fotografia, através da qual fotos de diferentes autores e de épocas variadas são colocadas lado a lado, para que se possa alcançar uma visão ampliada de tudo o que tem sido feito na Bahia neste campo.

Para apresentar um projeto tão amplo, num espaço tão reduzido, fizemos intenso uso de meios e recursos tecnológicos e essa abordagem transformou esse museu em um espaço pioneiro na Bahia. Assim, cada temática é tratada com recursos tecnológicos diferentes, alguns adotando uma via mais clássica, como projeções e telas interativas, outros empregando tecnologia de ponta, como apresentações virtuais e interatividades complexas, possibilitando ao visitante criar a sua própria exposição, dentre as mais de 5 mil fotografias apresentadas.

A Exposição Permanente é dividida em seis eixos principais: Retratos (mostrando as primeiras fotografias feitas na Bahia, retratos de personalidades importantes, até hoje em dia com as ‘selfies’), Paisagens Urbanas (fotos de ruas, bairros e pontos diversos da cidade em imagens antigas e atuais), Cultos Afro- Brasileiros (fotos divididas em níveis de acesso diferenciados, conforme o conhecimento do visitante, mostrando vários momentos cerimoniais), Interior da Bahia (projeção de imagens editadas e musicadas, mostrando as diversas regiões do Estado), Cenas do Cotidiano (dezenas de conjuntos de fotos divididos por palavras e temas: capoeira, Carnaval, festa de largo), e Fotografia Contemporânea (ensaios de fotógrafos que mostram um extrato diverso e de vanguarda da cena fotográfica local).

Exposições Virtuais. É um dos grandes diferenciais tecnológicos do espaço. Diversas exposições que aconteceram ou que foram criadas especificamente para o projeto são visitadas através de óculos de realidade virtual. Mostras de Pierre Verger, Adenor Gondim e Hirosuke Kitamura foram as primeiras a serem disponibilizadas ao público.

As exposições virtuais do Espaço Pierre Verger da fotografia Baiana são:

1. As Aventuras de Pierre Verger (exposição realizada no Museu Afro-Brasil – SP)

2. Ruínas da Memória – Adenor Gondim (exposição realizada na Igreja da Santíssima Trindade e num casarão em ruínas no Comércio – SSA – BA)

3. Universo Oculto – Hirosuke Kitamura [Oske] (exposição sobre a Ladeira da Montanha e adjacências)

4. Ciganos [Calon na Bahia] – Márcio Lima (exposição sobre a etnia de ciganos Calon, realizada em acampamentos ciganos nas cidades de São Felipe, Maragogipe e Governador Mangabeira)

5. Vales da Chapada – Ruy Rezende (fotografias sobre a Chapada Diamantina, realizada no Vale do Pati, toda em vídeos 360º – Em fase de programação)

6. Além dos Muros – Coletiva (exposição realizada na FUNDAC Simões Filho, onde os menores internos fizeram a curadoria das fotografias que mais os remetiam à liberdade – Em fase de Programação).

Por fim, Projeções Mapeadas (vídeo mapping) são realizadas diariamente a partir do horário do pôr-do-sol. Este tipo de projeção é realizada especificamente em superfícies irregulares, brincando com a arquitetura do forte, as linhas da fachada, trazendo diversas obras fotográficas divididas também por conjuntos temáticos.

A curadoria do Espaço Verger da Fotografia Baiana é de Alex Baradel, diretor técnico da Fundação Pierre Verger, que divide os créditos de pesquisa/curadoria com Célia Aguiar, fotógrafa e professora de fotografia. O projeto expográfico é assinado pelos arquitetos Fritz Zehnle Jr e Rose Lima.

– Funcionamento de quarta a segunda, das 10h às 18h (entrada até as 17h).

– Ingressos custam R$ 20,00 inteira/R$ 10,00 meia e dão direito à visitação de ambos os Espaços (Pierre Verger da Fotografia Baiana e Carybé de Artes).

– Gratuidade nas quartas-feiras.

– Residentes de Salvador que apresentarem comprovante pagam meia entrada todos os dias.

– Proibidos alimentos e bebidas durante toda a permanência no local.

– Obrigatório o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca durante toda a visita.

– É importante lembrar que os adultos precisam comprovar ter recebido, no mínimo, as duas doses da vacina ou dose única, a depender do imunizante utilizado. Já os adolescentes deverão comprovar, no mínimo, ter recebido a primeira dose contra o coronavírus. Será exigido o cartão de vacinação físico ou digital (ConectSUS ou Carteira de Vacinação Digital, por exemplo). Apenas crianças e adolescentes, até 16 anos, vão poder acessar os locais, sem precisar do comprovante.

Skip to content