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Equipamentos culturais municipais são opções de lazer no feriadão de Corpus Christi  

Publicado: 7 de junho de 2023-16:58

Quem passar o feriadão de Corpus Christi em Salvador, que começa nesta quinta-feira (8), pode aproveitar as atividades realizadas nos equipamentos públicos municipais. As estruturas fazem parte da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e, além de um rico acervo interativo, contam com apresentações culturais como dança, contos juninos, religião e batalhas musicais. 

Cidade da Música – A Cidade da Música da Bahia, no Comércio, promove no sábado (10), às 15h, Oficina de Instrumento de Sucatas, com o objetivo de criar instrumentos musicais recicláveis para as bandas juninas da cidade. No domingo (11), é a vez da oficina de Musicalização para os Bebês, no intuito de apresentar noções básicas de música e sonoridade para os pequenos, a partir das 15h. 

Espaços Carybé e Pierre Verger – No espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana (Forte Santa Maria), no Porto da Barra, acontece o projeto Hora da História, com o tema “Contos Juninos”. O intuito é apresentar relatos históricos do nosso São João e a importância da festa para os nordestinos. A atividade acontece no sábado (10) e domingo (11), às 15h. Os visitantes ainda podem aproveitar antes para conhecer o Espaço Carybé das Artes (Forte São Diogo), também no Porto da Barra, com o mesmo ingresso. 

Casa do Carnaval – O equipamento localizado na Praça Ramos de Queirós, Pelourinho, recebe no sábado (10), das 14h às 18h, Baile Banzé a Caminho da Roça, atração onde o público participa do momento se apresentando em batalhas de dança, divididas nas categorias face junina, melhor look e cangaceiros. No sábado (10) e domingo (11), das 11h às 15h, o espaço oferece uma visita guiada com o tema “Bloco de Mediação”, para conhecer sobre a história do maior carnaval do planeta. 

Casa do Rio Vermelho – A Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai, situada na Rua Alagoinhas, 33, promove no sábado (10), às 15h, uma visita guiada exclusivamente para as crianças com a temática “Caçadores de Sapos”. No sábado (10) e domingo (11), das 10h às 18h, ocorre a oficina “Desenhos na Varanda”, com a exposição de desenhos feitos pelos alunos da Escola de Belas Artes da Ufba.   

No domingo (11), às 10h30, a programação conta com a oficina Oratório dos Santos Juninos, voltada para os maiores de 10 anos. Para participar, é necessário que os participantes levem suas próprias tesouras, sem ponta. 

Acesso – Os espaços culturais funcionam de terça a domingo, incluindo feriados, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia) – benefício voltado para idosos, estudantes e residentes em Salvador (mediante apresentação do comprovante de residência). Às quartas-feiras, a entrada é gratuita. 

Programa incentiva pessoas com Transtorno do Espectro Autista a conhecer equipamentos culturais da cidade  

Publicado: 26 de abril de 2023-16:15

O programa Visita Azul, criado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), promoveu, nos últimos dois anos, mais de 160 mil visitas guiadas de jovens e adultos, com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a equipamentos culturais de Salvador, a exemplo da Casa do Carnaval, Cidade da Música, Casa do Rio Vermelho, Espaço Carybé das Artes e Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana. As visitas são totalmente gratuitas, a partir de agendamento prévio. 

Nestes locais, além da experiência sensorial, os visitantes têm acesso a um pouco da história da capital baiana, através de personagens que fizeram parte do cotidiano da cidade, nos últimos 100 anos – como os escritores Jorge Amado e Zélia Gattai-, à história da folia soteropolitana e à contribuição baiana para o cenário musical do Brasil e do mundo. Os acervos de fotos e telas de dois estrangeiros que materializaram a cultura local, o antropólogo Pierre Verger e o artista plástico Carybé, também fazem parte da experiência. 

Pertencimento – A coordenadora de Comunicação dos equipamentos culturais da Secult, Maria João Amado, explica que o Visita Azul pode causar impactos positivos nas crianças em geral e, especificamente, nas pessoas com Transtorno do Espectro Autista de todas as idades. “É uma forma de transmitir a sensação de pertencimento à cidade e seus ativos culturais, auxiliando na reinserção social do visitante”, afirma. 

No ano passado, a Casa do Carnaval da Bahia recebeu 45.049 visitantes e 20.494, nos três primeiros meses de 2023. A Cidade da Música, por sua vez, registrou 74.320 visitantes no ano passado e 20.986, nos primeiros meses deste ano. Já a Casa do Rio Vermelho teve a visita de 37.864 pessoas em 2022 e 14.007, no primeiro trimestre de 2023.  

Os espaços Verger e Carybé, respectivamente, contabilizaram 9.684 visitas, no ano passado e 3.004, no primeiro trimestre deste ano. A ação teve início no mês de março e, até o momento, já ocorreram visitas de grupos de instituições, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e Instituto Pestalozzi da Bahia. 

Os interessados podem agendar as visitas individuais ou de grupos organizados, por telefone. “Atualmente, os grupos têm mais facilidade, pois é mais fácil compor o mínimo necessário de dez pessoas por visita, além dos dez acompanhantes. Mas é totalmente possível o agendamento individual”, pontua Maria João.  

Confira os horários das edições da Visita Azul: 

Dia 5/5 – Cidade da Música da Bahia (Comércio), às 10h.  Agendamento: (71) 99622-9020 

Dia 12/5 – Espaços Carybé das Artes e Pierre Verger da Fotografia Baiana (Porto da Barra), às 10h. Agendamento: (71) 99621-8742 

Dia 19/5 – Casa do Rio Vermelho (Rio Vermelho), às 10h. Agendamento: (71) 99626-1036 

Memorial a Casa do Rio Vermelho – Jorge Amado e Zélia Gattai

Publicado: 12 de setembro de 2022-11:04

Depois de 11 anos fechada, a casa de número 33, da Rua Alagoinhas, no bairro do Rio Vermelho, na cidade de Salvador, Bahia, onde viveu o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, está aberta para visitação. O imóvel foi totalmente reformado pela Prefeitura de Salvador, numa intervenção que contou com as participações da Fundação Casa de Jorge Amado, da família do casal, que encarna e simboliza mundo afora a cultura baiana, e do arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia, responsável pela curadoria do museu.

História contada por amigos e admiradores – Comprada em 1960 com dinheiro da venda dos direitos do livro “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado, para a MGM, a casa mais tarde se transformou no título do livro de Zélia Gattai, publicado em 2002, contando a história vivida pelo casal quando residiu no imóvel. No local, os escritores receberam visitas ilustres, como Glauber Rocha, Pablo Neruda, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Roman Polanski, Jack Nicholson, Sartre e Simone de Beauvoir, só para citar alguns. Toda essa riqueza é contada nos diversos ambientes da casa, com seus mais de 2 mil metros quadrados, incluindo o jardim onde as cinzas de Jorge e Zélia estão depositadas.

A Casa do Rio Vermelho conta com mais de 30 horas de vídeos e projeções. Ou seja, é impossível conhecer toda a história do imóvel e do casal de escritores em apenas uma visita. Para tornar mais didática a experiência de mergulhar na intimidade de Jorge Amado e Zélia Gattai, a casa foi dividida em vários espaços, mantendo sempre as características originais, o rico acervo e documentos importantes, como cartas trocadas com personalidades nacionais e internacionais. Os ambientes foram batizados de “A Bahia de Jorge Amado”, “A amizade é o sal da vida”, “A infância/Memórias de Dona Lalú”, “Os viajantes”, “Varanda”, “Amores e amantes amadianos”, “Zélia Gattai, companheira graças a Deus”, “Trocando cartas/O comunista”, “Sala de leituras”, “Muita vida, tantas obras”, “Os amados sabores de Jorge”, “Cozinha de Dona Flor”, “Lago dos Sapos”, “Roda de conversa”, e “Jorge e o Candomblé”.

Ambientes da Casa: O quarto onde dormiam Jorge Amado e Zélia Gattai, espaço chamado de “Amores e amantes amadianos”, agora está visualmente povoado por personagens marcantes como Gabriela e Nacib, ilustrados em obras de artistas, como Calazans Neto, Carybé e Floriano Teixeira. O visitante pode ainda ouvir narrações de trechos das obras que revelam como o amor e o sexo eram importantes para Jorge Amado. Boa parte da inspiração de Jorge Amado veio das histórias contadas pela mãe, Dona Lalú, quando era criança. Essa relação está retratada no espaço “A infância/Memórias de Dona Lalú”. Nesse cantinho, há uma maquete da cidade de Ilhéus, onde o escritor, nascido no distrito de Ferradas, em Itabuna, viveu por muito tempo, e uma escultura de Jorge Amado com um ano de idade ao lado da matriarca. Já onde antes havia uma piscina está o “Lago dos sapos”, uma espécie de ranário, com sapos e rãs que tanto fascinavam o escritor, e a exibição da novela sonora baseada na obra infantil de Jorge Amado chamada “O gato malhado e a andorinha Sinhá”.

No jardim, lugar mágico da casa, está o espaço “Jorge e o Candomblé”, que ressalta a relação entre o Obá (posto civil que exercia no Ilê Axé Apô Afonjá) Jorge Amado e o Candomblé, com um depoimento inédito de Mãe Stella abordando a amizade com o escritor e fundamentos sobre a religião de matriz africana. No mesmo espaço, o visitante pode interagir virtualmente com Carlinhos Brown utilizando instrumentos típicos dos rituais do Candomblé. Vale lembrar que Jorge Amado, quando deputado constituinte, em 1945, foi autor da lei que assegura o direito à liberdade de culto religioso no Brasil.

Leituras e sabores: “Não escrevi meu primeiro livro pensando em ficar famoso. Escrevi pela necessidade de expressar o que sentia”, disse uma vez Jorge Amado, que publicou o primeiro romance – “O país do Carnaval” – em 1931, com apenas 19 anos de idade. Após a morte, em 6 de agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89, o mais famoso escritor brasileiro deixou 45 livros publicados, segundo a Fundação Casa de Jorge Amado. Grande parte dessas obras teve trechos lidos e gravados por artistas e familiares que podem ser vistos na residência da Rua Alagoinhas. No total, são 47 leituras em vídeo. Elas podem ser vistas no espaço “Sala das leituras”, ao lado da biblioteca, em uma tela de cinema. Entre as pessoas que fizeram leituras de trechos das obras de Jorge Amado estão nomes como Caetano Veloso, Regina Casé, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Sônia Braga, Mariana Ximenez, Marisa Orth, Mateus Solano, Paloma Amado, Milton Gonçalves e Paulinho da Viola. “Nessas leituras fica evidente a atemporalidade de Jorge Amado, um escritor à frente do seu tempo e que era popular porque sempre retratou o povo”, afirmou Gringo Cardia.

Dois espaços são reservados à gastronomia na vida e no trabalho de Jorge Amado e Zélia Gattai: “Os amados sabores de Jorge” e “Cozinha de Dona Flor”. A quituteira Dadá ensina algumas das receitas de delícias que marcaram presenças em livros como “Dona Flor e seus dois maridos”, como a punheta (bolinho de estudante), vatapá, caruru e acarajé. Esses dois espaços foram carinhosamente preparados por Paloma Amado, filha do casal de escritores e autora do livro “A comida baiana de Jorge Amado”, reunindo receitas e histórias de pratos típicos que aparecem nas obras do pai.

– Funcionamento de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até as 17h).

– Ingressos custam R$ 20,00 inteira/R$ 10,00 meia.

– Gratuidade nas quartas-feiras.

– Residentes de Salvador que apresentarem o comprovante pagam meia entrada todos os dias.

– Proibidos alimentos e bebidas durante toda a permanência no local.

– Obrigatório o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca durante toda a visita.

– É importante lembrar que os adultos precisam comprovar ter recebido, no mínimo, as duas doses da vacina ou dose única, a depender do imunizante utilizado. Já os adolescentes deverão comprovar, no mínimo, ter recebido a primeira dose contra o coronavírus. Será exigido o cartão de vacinação físico ou digital (ConectSUS ou Carteira de Vacinação Digital, por exemplo). Apenas crianças e adolescentes, até 16 anos, vão poder acessar os locais, sem precisar do comprovante.

Site: http://casadoriovermelho.com.br/

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